BIOGRAFIA

Mc Carol de Niterói, também conhecida como Carol Bandida, acredita na humildade para ter sucesso no funk. Hipnotizante, engraçada, carismática, marrenta e feminista como poucas artistas no Brasil, ela vem conquistando um público cada vez maior nos últimos anos com hits como "Minha Vó Tá Maluca", "Vou Largar de Barriga", "Tô Usando Crack", "Meu Namorado é Maior Otário", "Bateu uma Onda Forte", entre outras.

Nascida na comunidade Preventório, em Niterói, a funkeira de apenas 21 anos não tem medo de ousar nas letras e faz sucesso por sua irreverência e autenticidade. Ela é apontada como a sucessora de Tati Quebra Barraco (inclusive pela própria Rainha do Funk, que demonstrou toda sua admiração por Carol no reality show Lucky Ladies, onde ela será um tipo de mentora para Carol e outras cinco funkeiras.

Criada pelos avós, Carol teve uma infância muito difícil. Com jeito de "mulher-macho" e rebelde, ganhou o apelido de Bandida ainda na infância.

— Eu respondia os professores, não tinha medo de ninguém, sempre fui rebelde. E todo mundo falava: "Essa garota quando crescer vai ser bandida". Mas não que eu tenha feito alguma coisa de errado, tipo roubar ou traficar. É o meu jeito masculino. Pra não me chamar de Carol Mulher Macho, me chamam de Carol Bandida.

A infância difícil de Carol, inclusive, vai virar filme, como adiantou para o site R7.

— Não tem como eu resumir, como contar tudo que aconteceu. Em breve, vai ter um filme sobre a minha história, uma biografia contando sobre a minha vida.

A história de MC Carol com o funk começou por acaso, respondendo à provocação de um mototáxi na comunidade. O verso deu certo, o cara passou vergonha e os amigos de Carol descobriram um potencial que até ela desconhecia. A pedido deles, ela terminou de escrever a música em casa e foi para o baile funk. 

— Subi no palco, todo mundo gostou. Toda semana o pessoal pedia pra eu voltar, e eu voltei. Uns dois ou três meses depois, eu fui pra Furacão 2000, depois comecei a fazer TV e foi assim que aconteceu. Eu nunca trabalhei de carteira assinada, eu vivo do funk há quatro anos, e vivo muito bem.

Desde o início da carreira que já dura quatro anos, MC Carol tem sido comparada a Tati Quebra Barraco, seja pelo estilo de cantar ou pelo jeito escrachado. 

— Desde que comecei a cantar, as pessoas sempre falavam: "Você parece muito com a Tati, o teu jeito de falar, de agir, é igual o dela". O Mr. Catra chegou pra mim várias vezes e falou: "Pô, cara, você tem que conhecer a negona [Tati Quebra Barraco], você tem que conhecer a negona". O Catra ficou de marcar pra gente se conhecer, fazer música junto... Toda vez que eu ia cantar com ele, ele falava isso. Mas as agendas nunca batiam. Eu sou muito fã dela, mesmo, e só fui conhecê-la no reality.

Por dois meses no fim do ano passado, Carol Bandida viveu numa cobertura em Copacabana com mais cinco funkeiras: Tati Quebra Barraco, MC Filé, MC Sabrina, Karol K e Mary Silvestre. Experiência que, segundo ela, mudou a sua vida.

— Foi maravilhoso, me deu uma visibilidade que nunca imaginei ter. Foi uma coisa que me mudou também com relação a ver outras meninas mais empenhadas no trabalho delas. Eu era desligada, deixava tudo na mão dos outros. Eu estou me interessando, fico por dentro de tudo. Eu estou muito mais vaidosa. Quem acompanhar o reality show vai perceber isso.

Durante o reality show, MC Carol expôs também o casamento dela com Alexandro. Com um marido bastante ciumento, enfrentou dificuldades no início do relacionamento. Os dois brigavam muito e alguns desentendimentos chegaram a agressões. Tanto que ele foi preso após denúncia da funkeira e ficou em regime semiaberto. Na abertura do Lucky Ladies, Carol falou sobre o marido, que continua no semiaberto.

— Ele quebrava as minhas coisas, isso é danos morais; ele me trancava em casa, isso é cárcere privado; e ele também me ameaçava. Eu também o agredia, mas a mulher, quando bate, não vai para a prisão 

Notavelmente, Mc Carol se tornou a primeira ring girl plus size no evento de MMA Favela Kombat. Beneficente, a noitada de lutas foi realizada na favela da Rocinha contando com jovens lutadores e ainda arrecadou cerca de 2 mil quilos de alimentos para a caridade.